No texto de Loos, temos a história de um homem rico que contrata um arquiteto para inserir arte na vida dele a fim de completar sua felicidade, porém os serviços do arquiteto começaram a ser um estorvo, quando a arte começa a comandar seu estilo de vida - o que deve usar, onde deve colocar cada objeto- de forma a perder sua individualidade e felicidade e o controle de sua própria casa, tudo em prol de mostrar um estilo de vida aos outros.
O texto de Bourdieu trata do mesmo assunto, uma vez que o estilo de vida vem sendo distorcido por objetos, como no caso da casa, e da moda, que passa a ser fator social e da exibição de bens materiais como uma das formas de inserção em grupos. No Brasil, a cultura da ostentação é tão levada a sério que já virou até negócio, com o aluguel de Iphones para ostentação nas baladas:
Fonte: Tecmundo |
Com o consumo de alguns objetos, as classes mais baixas sentem que também podem se apropriar desses bens, comuns de classes mais altas, e cria um ciclo em que as marcas pregam a cultura da dominância e o consumismo, em que a pessoa só se sente aceita se consumir determinado objeto.
Acredito que a principal reflexão entre ambos os textos deriva da reflexão sobre o real impacto que os objetos vem causando, e como algumas pessoas vem alterando seu estilo de vida em prol da ilusão de viver de determinada maneira, assim como o homem rico do texto de Loos.