Cirurgia de Casas
agosto 17, 2017
No texto de Livingston, temos uma reflexão sobre a atuação dos arquitetos em reformas, atuando para diversas pessoas de idades, renda e locais distintos. Um estudo de 2005, aponta que apenas 7% dos brasileiros já utilizaram o trabalho do arquiteto (Fonte: aU), muitos justificaram a ausência dos serviços por conta do valor financeiro, e optam pela escolha de outros profissionais -como mestre de obras e pedreiros- o que futuramente pode acarretar em problemas que poderiam ser evitados com o auxílio de um arquiteto.
O autor apresenta uma nova forma de atuação, em que ele parte do princípio de consultas - cobradas - e do trabalho do arquiteto vendido em etapas. No mercado, o valor do arquiteto costuma ser baseado no custo da obra, o que por vezes é dificilmente definínel em uma primeira conversa, e que acaba por distanciar o arquiteto ainda mais desses 93% da população, que consideram os serviços caros.
A Arq Jr, empresa Júnior de arquitetura e urbanismo da UFOP tem o projeto de uma iniciativa de "Arquitetura a R$5". Voltada à responsabilidade social, a ideia é de tornar a arquitetura mais acessível à população ouropretana, através de um dia de consultorias à preço acessível, em uma praça pública.
Os arquitetos precisam desmistificar a ideia de que somente as classes mais altas têm condições de contratar os serviços de arquitetura, assim como precisam também apresentar alternativas às populações que ainda não possuem acesso aos serviços de arquitetura. A ideia de Livingston, é dividir os serviços em uma consulta inicial, em que ele apresenta soluções pontuais ao problema apresentado pelos clientes, e em uma segunda etapa, aqueles que o optarem, recebem o serviço de forma detalhada em um "Manual de instruções", o que é uma alternativa muito interessante e convidativa tanto para o arquiteto como para o cliente, e pode ser o início de uma nova relação surgindo na arquitetura.
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